Plantio de soja e milho avança com força nos EUA
A Hedgepoint observa que os mapas climáticos indicam mais chuvas para a metade sul

O plantio das novas safras de soja e milho nos Estados Unidos avança em ritmo acelerado, favorecido pelo clima, segundo avaliação da Hedgepoint. De acordo com Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da consultoria, o avanço das máquinas supera tanto os números do ano ado quanto a média das últimas cinco safras, indicando um início promissor para a temporada 2025/26.
Dados do USDA mostram que, até 18 de maio, 66% da área de soja estava semeada — avanço expressivo frente aos 50% no mesmo período de 2024 e à média de 53%. No milho, o plantio atingiu 78%, contra 67% no ano ado e média de 73%, reforçando as expectativas de uma safra cheia.
Apesar do bom desempenho inicial, Roque alerta que há déficit de umidade em regiões do oeste e noroeste do cinturão agrícola, o que exige maior regularidade das chuvas nas próximas semanas. Segundo ele, embora o USDA projete produtividade recorde na soja, a produção tende a ser menor pela redução de área. Já no milho, a combinação de aumento de área e potencial produtivo pode levar a um novo recorde, ultraando 400 milhões de toneladas.
A Hedgepoint observa que os mapas climáticos indicam mais chuvas para a metade sul do cinturão entre 23 e 29 de maio, o que pode desacelerar temporariamente o plantio. Já entre 30 de maio e 5 de junho, a umidade deve ser mais generalizada, beneficiando as lavouras, especialmente nas áreas que hoje apresentam menor disponibilidade hídrica.
“Destacamos também, que apesar de o USDA esperar por produtividade recorde na soja, a tendência é de uma safra menor nesta nova temporada, visto que a área plantada com a oleaginosa deve ter um recuo importante em relação ao ano ado. Em contrapartida, a produção de milho pode atingir um novo recorde, com possibilidade de ultraar o patamar de 400 milhões de toneladas na temporada 2025/26 devido ao aumento da área e possível produtividade também recorde”, diz Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.